O candidato Luís Marques Mendes recebeu esta semana mais um apoio de peso do establishment do PSD, com o antigo primeiro-ministro e ex-presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, a manifestar-lhe o seu apoio. Esta declaração surge na mesma semana do apoio de Cavaco Silva, consolidando a posição de Mendes como o candidato preferido da liderança histórica do partido. Durão Barroso elogiou a moderação de Marques Mendes, a sua capacidade de “procurar equilíbrios e fazer consensos” e a sua vasta experiência política.
O antigo primeiro-ministro sublinhou que “os portugueses não querem extremismos, sobretudo na Presidência da República, e também querem alguém que não seja um salto no escuro”, numa crítica implícita a outros candidatos considerados mais imprevisíveis ou menos experientes.
Este apoio, vindo de outra figura proeminente que liderou o PSD e o país, serve para reforçar a imagem de Marques Mendes como um candidato seguro, previsível e alinhado com a tradição do partido. A acumulação destes apoios de figuras históricas visa solidificar a sua base eleitoral no centro-direita e apresentá-lo como a escolha natural para os militantes e simpatizantes do PSD, em contraste com Henrique Gouveia e Melo, que, embora apoiado por figuras como Rui Rio, se posiciona de forma mais independente e crítica em relação ao sistema partidário tradicional.
Em resumoO apoio de Durão Barroso, seguindo-se ao de Cavaco Silva, cimenta a candidatura de Luís Marques Mendes como a herdeira da tradição e do aparelho do PSD. Esta estratégia de acumulação de apoios de figuras históricas visa unificar o partido em torno do seu nome e apresentá-lo como a opção mais segura e experiente do centro-direita.