Ambos os candidatos procuram marcar uma posição distintiva no panorama político, embora com estratégias e bases de apoio muito diferentes. João Cotrim de Figueiredo lançou a sua candidatura no Centro Cultural de Belém com um discurso otimista e confiante, prometendo combater os “tristes do costume” e afirmando convictamente: “Eu vou à segunda volta”. O antigo líder da IL posiciona-se como o candidato “livre e sem amarras”, da “esperança, do inconformismo, da energia e do futuro”, procurando captar um eleitorado liberal e de centro-direita descontente com as opções mais tradicionais.

Por sua vez, Jorge Pinto apresentou a sua candidatura em Amarante, definindo-se como uma “voz distintiva” e um candidato “orgulhosamente de esquerda e convictamente europeísta”. O deputado do Livre sublinhou que a sua candidatura “fazia falta” para representar um espaço ecologista, feminista e defensor dos direitos humanos, assumindo-se como um “candidato do regime sem medo e sem vergonha de o dizer”.

A entrada oficial destes dois candidatos enriquece o leque de opções, mas também acentua a fragmentação, especialmente no campo da esquerda, onde a candidatura de Jorge Pinto se junta às de Catarina Martins e António Filipe.