O antigo Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, interveio de forma decisiva na corrida presidencial, declarando o seu apoio a Luís Marques Mendes e tecendo duras críticas à candidatura de Henrique Gouveia e Melo. Esta tomada de posição de uma figura de peso da direita portuguesa visa consolidar a candidatura de Marques Mendes e alertar para o que considera ser um risco para a estabilidade do país.\n\nNum artigo de opinião, Cavaco Silva elogiou a “experiência política”, o “bom senso” e as “qualificações pessoais” de Luís Marques Mendes, que foi seu ministro. O ex-Presidente sublinhou que Portugal enfrentará tempos de crise e incerteza, sendo necessária uma figura com preparação para o cargo. Em contraponto, Cavaco Silva afirmou que Henrique Gouveia e Melo “não possui as competências e as qualificações para exercer as funções de Presidente da República”, alertando para um “risco de instabilidade” caso o almirante seja eleito.
Marques Mendes reagiu ao apoio mostrando-se sensibilizado e surpreendido, classificando Cavaco Silva como “o melhor primeiro-ministro da democracia portuguesa”.
Por seu lado, Gouveia e Melo respondeu com ironia, afirmando que a crítica era um “grande elogio”, pois significava que representava um perigo para o “protegido” de Cavaco, Marques Mendes. Esta intervenção de Cavaco Silva é vista como uma tentativa de influenciar o eleitorado de centro-direita, bipolarizando a escolha entre Mendes, apresentado como o candidato experiente e seguro, e Gouveia e Melo, retratado como uma opção arriscada e impreparada.
Em resumoAníbal Cavaco Silva interveio na campanha ao apoiar formalmente Luís Marques Mendes, elogiando a sua experiência política. Em simultâneo, criticou duramente Henrique Gouveia e Melo, considerando-o sem as qualificações necessárias para o cargo e um risco para a estabilidade, o que intensificou o confronto direto entre os dois candidatos de centro-direita.