A situação do Serviço Nacional de Saúde (SNS) continua a ser um tema preponderante na pré-campanha, com vários candidatos a apresentarem diagnósticos severos e a delinearem as suas visões para o setor. As críticas visam a gestão atual e a falta de soluções estruturais, transformando a saúde num campo de batalha para a afirmação de diferentes modelos de governação.\n\nAntónio José Seguro tem sido um dos mais vocais, classificando a situação do setor da saúde como “inaceitável” e “horrível”, e prometendo ser um Presidente exigente na busca por soluções. O candidato apoiado pelo PS mostrou-se “admiradíssimo” com a sugestão de Marcelo Rebelo de Sousa para um pacto de regime na saúde, questionando por que tal proposta só surge após quase dez anos de mandato do atual presidente. Henrique Gouveia e Melo, por sua vez, declarou-se um “totalmente defensor do SNS”, considerando-o essencial para a coesão social, e defendeu a necessidade de encontrar um “rumo” para o serviço, mas nunca através da sua fragilização. O almirante também aproveitou o tema para criticar o Governo, afirmando que se a ministra da Saúde falha, a responsabilidade final é do primeiro-ministro.
À esquerda, Catarina Martins rejeitou a ideia de um “pacto de regime”, que associa a acordos entre grandes partidos e interesses económicos, defendendo antes um “pacto com o povo, que quer ter acesso ao hospital”. André Ventura desafiou os principais adversários para um debate focado exclusivamente na saúde, proposta que Gouveia e Melo aceitou, embora criticando o que considerou ser um aproveitamento político do tema.
Luís Marques Mendes, por seu lado, afirmou que o país está “farto de diagnósticos” e que é tempo de apresentar resultados.
Em resumoO estado do SNS foi um tema central, com António Seguro a criticar a sua situação “inaceitável” e Gouveia e Melo a defender um novo “rumo” para o serviço. Catarina Martins propôs um “pacto com o povo” em vez de um pacto de regime. O debate reflete a preocupação dos candidatos com um dos principais problemas do país, usando-o para se diferenciarem e criticarem o Governo.