Uma nova controvérsia envolveu o Chega, após o vice-presidente do partido, Pedro Frazão, ter enviado uma mensagem em vídeo para um congresso do grupo nacionalista e supremacista “Reconquista”, referindo-se a este como um “aliado”. O episódio levantou questões sobre as ligações do partido de André Ventura a movimentos de extrema-direita radical, obrigando o líder a tomar uma posição pública para gerir os danos.\n\nNa mensagem, Pedro Frazão apoiou a bandeira da “remigração”, que defende a deportação forçada de imigrantes não brancos, um dos temas centrais do grupo “Reconquista”.
A divulgação desta participação gerou críticas e levou a questionamentos diretos a André Ventura.
O presidente do Chega procurou distanciar o partido do movimento, afirmando que a mensagem de Frazão foi enviada a “título pessoal” e que o Chega tem uma “identidade própria”.
Ventura sublinhou existirem divergências com o grupo, nomeadamente no que diz respeito aos direitos das mulheres, que o “Reconquista” contesta. No entanto, o líder do Chega também afirmou que não se podem condenar posições internas que possam estar alinhadas com os princípios do partido, numa declaração que deixou alguma ambiguidade. A polémica surge numa altura em que o Chega procura moderar a sua imagem para alargar a base de apoio, mas continua a ser associado a discursos e movimentos radicais, o que pode alienar eleitores mais ao centro e complicar futuras alianças políticas.
Em resumoO vice-presidente do Chega, Pedro Frazão, causou polémica ao enviar uma mensagem a um congresso do grupo supremacista “Reconquista”, tratando-o como “aliado”. André Ventura distanciou-se, afirmando que a mensagem foi a “título pessoal” e que existem divergências ideológicas, numa tentativa de controlar os danos reputacionais para o partido.