O confronto direto intensificou-se, sinalizando uma bipolarização no debate à direita e ao centro.
Luís Marques Mendes, candidato apoiado pelo PSD, adotou uma postura crítica em relação ao seu adversário, acusando Gouveia e Melo de, “sempre que fala”, ter uma tendência para “dizer alguns disparates, ou para entrar em contradições, ou para gerar polémicas”.
As críticas de Marques Mendes surgiram na sequência da controvérsia sobre as motivações da candidatura do almirante, considerando que “um Presidente da República tem de ser menos precipitado e ter um bom senso bem mais elevado”.
A resposta de Henrique Gouveia e Melo não tardou.
Sem querer entrar numa “pequena guerra” de acusações, o almirante pediu ao seu adversário “um bocadinho mais elevação da linguagem com que ele me classifica”. Gouveia e Melo defendeu que a política precisa de se renovar com “pessoas de fora da trajetória típica dessas águas estagnadas e dessa intriga político-partidária”, posicionando-se como um ator capaz de resolver problemas que o sistema político tradicional não consegue. O antigo Presidente da República, Cavaco Silva, interveio no debate ao declarar o seu apoio a Marques Mendes, ao mesmo tempo que desferiu fortes críticas a Gouveia e Melo, afirmando que este não possui as “competências e qualificações” para o cargo.
O almirante reagiu com ironia, considerando as palavras de Cavaco um “grande elogio”, por o identificar como um perigo para o seu “protegido”.














