A sua participação conjunta na manifestação da CGTP em Lisboa solidificou uma frente comum de contestação. Catarina Martins revelou ter recebido “apelos para desistir de uma candidatura em nome de António José Seguro”, mas rejeitou essa possibilidade, criticando o adversário por não se assumir claramente como de esquerda. A candidata do Bloco de Esquerda afirmou que, se eleita, enviaria o pacote laboral para fiscalização preventiva da constitucionalidade. António Filipe, por sua vez, acusou Seguro de ter “muitas hesitações” e questionou se a sua candidatura representa verdadeiramente o espaço político da esquerda.

O candidato apoiado pelo PCP classificou a proposta laboral como um “retrocesso histórico” e responsabilizou o Governo pela convocatória da greve geral.

Jorge Pinto, candidato do Livre, também se mostrou solidário com a greve e afirmou que, se fosse Presidente, vetaria o pacote laboral, que considerou de alta “gravidade”. A presença dos três candidatos na marcha da CGTP foi um ato simbólico forte, contrastando com a posição mais moderada de Seguro, que apelou ao diálogo para evitar a greve. Esta união na rua e nas críticas ao Governo serviu para consolidar as suas bases de apoio e para pressionar Seguro a clarificar o seu posicionamento no espectro político.