Cotrim de Figueiredo reconheceu que as suas propostas, como a reforma da Segurança Social, “implicariam necessariamente custos de transição” e poderiam ser impopulares para alguns setores no curto prazo. No entanto, defendeu que o importante é que esses custos sejam “devidamente calculados para que não haja ninguém deixado para trás”, argumentando que não fazer as reformas seria “prejudicar mais as pessoas” a longo prazo.

Questionado sobre como lidaria com um governo do Chega, o candidato apoiado pela Iniciativa Liberal garantiu que o trataria como o de qualquer outra cor política. Contudo, deixou um aviso claro, afirmando que não hesitaria em usar os seus poderes presidenciais para escrutinar a ação governativa, podendo pedir a fiscalização de “30 diplomas por mês” se fosse necessário para mostrar que é um chefe de Estado com o qual “não dá para brincar”. Esta posição dupla procura, por um lado, respeitar a legitimidade democrática de um governo saído das urnas e, por outro, afirmar a sua autoridade como Presidente e defensor da Constituição.

Cotrim de Figueiredo tem como alvo eleitoral os abstencionistas, os indecisos e os eleitores que transitam entre o PS e o Chega, procurando apresentar-se como uma alternativa de mudança estrutural e de estabilidade institucional.