Depois de algumas hesitações iniciais em entrevistas, Seguro assumiu a sua identidade política, mas sublinhou que não pretende ir para Belém “fazer política partidária”.

A sua principal intervenção na semana centrou-se na crise laboral, onde se manifestou “bastante preocupado” com a perspetiva da greve geral e apelou ao Governo para “retomar o diálogo” com os parceiros sociais.

Este posicionamento como mediador contrasta com o apoio explícito dos candidatos mais à esquerda à paralisação.

Seguro também entrou no debate sobre as polémicas dos seus adversários, criticando Henrique Gouveia e Melo pela sua justificação para a candidatura, o que, na sua opinião, revela uma “grande imaturidade política”.

Além disso, distanciou-se daqueles que aproveitam as comemorações do 25 de Novembro “para ser contra o 25 de Abril”, defendendo a data da revolução como o “ato fundacional” da democracia portuguesa. Numa iniciativa de campanha, o candidato apoiado pelo PS anunciou uma “Convenção pela Democracia” em Aveiro, que contará com a presença de figuras como Ana Gomes, João Soares e Francisco Assis, procurando agregar diferentes sensibilidades do espaço socialista e de centro-esquerda.