Os candidatos a Belém têm sido pressionados a tomar posição sobre um conflito que opõe o executivo e as centrais sindicais, que consideram as alterações um “retrocesso histórico” e uma “ofensiva em grande escala contra os direitos dos trabalhadores”.

Vários candidatos já se pronunciaram.

Gouveia e Melo, Seguro e Marques Mendes vieram afirmar que, sem um acordo com a UGT, dificilmente haveria nova lei laboral.

Catarina Martins (BE) e António Filipe (PCP) foram mais longe: a candidata bloquista garantiu que vetaria a lei, enquanto o candidato apoiado pelos comunistas afirmou que, se fosse Presidente, usaria “plenamente os poderes” para a fiscalizar, enviando-a para o Tribunal Constitucional.

João Cotrim de Figueiredo (IL) pediu “boa-fé de todos nas negociações”, sublinhando que é “essencial que a legislação laboral se flexibilize”.

André Ventura (Chega) culpou o Governo pela forma “atabalhoada” como conduziu o processo, mas também as “intransigências de sindicatos desatualizados”.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, apelou ao “espírito de concertação social” para se obter “o máximo consenso possível”.

A UGT, por seu lado, ameaça alargar a greve para dois dias se o Governo não fizer “alterações profundas” na proposta, que segundo o seu secretário-geral, Mário Mourão, “encostou a UGT à parede”.