O próprio candidato, em entrevista, negou que Marcelo tivesse tido um “papel decisivo” na sua decisão e esclareceu que o que o deixou “danado” foi o título do artigo do Expresso, que, na sua interpretação, “indicava que eu estava a fazer chantagem sob o Governo”. A Direção de Informação da Lusa repudiou a acusação de falsidade, reiterando que a notícia se baseou fielmente em declarações do próprio candidato no livro. A autora do livro, a jornalista Valentina Marcelino, considerou a interpretação da Lusa “legítima”, embora tenha clarificado que Gouveia e Melo não fez “referência ao Presidente” diretamente nesse contexto.

A polémica foi aproveitada pelos adversários: Marques Mendes acusou-o de dizer “disparates”, e António José Seguro apontou-lhe “grande imaturidade política”.

O Presidente da República escusou-se a comentar, afirmando não ter “relações minadas com ninguém”.