Em entrevista, garantiu que, se estivesse em Belém, vetaria o pacote laboral do Governo, que considera “muito violento”, e criticou António José Seguro por, no seu entender, procurar o apoio de “passistas”.
A candidata bloquista lamentou ainda que não tenha sido possível uma convergência à esquerda.
António Filipe, por sua vez, apresentou a sua candidatura como uma forma de “colmatar a ausência de um candidato de esquerda” verdadeiramente identificado com os “valores de Abril”. Assumindo-se como “orgulhosamente de esquerda”, o antigo deputado comunista também se mostrou “frontalmente contra” a proposta laboral do Governo, considerando-a um “retrocesso histórico” e responsabilizando o executivo pela greve geral. António Filipe levantou ainda dúvidas sobre se a candidatura de Seguro representa de facto o espaço da esquerda, acusando o socialista de ter “muitas hesitações”.
Ambos os candidatos têm procurado usar a campanha para vincar as suas diferenças ideológicas face aos candidatos mais ao centro e à direita, focando-se em temas como os direitos dos trabalhadores, o SNS e a defesa dos valores democráticos.














