Os primeiros duelos, entre António José Seguro e André Ventura, e entre Luís Marques Mendes e António Filipe, definiram o tom para as semanas seguintes. O debate entre Seguro e Ventura foi caracterizado por um confronto de estilos e interrupções constantes.
André Ventura adotou uma postura agressiva, tentando associar Seguro à herança de governos socialistas e focando-se nos seus temas centrais como a imigração e a crítica ao "sistema", repetindo a expressão "conversa da treta". Por seu lado, António José Seguro procurou manter uma postura serena e presidencial, acusando Ventura de estar na "eleição errada" por se focar em propostas de governação e não no papel de Presidente da República.
Temas como a greve geral, a saúde e a imigração geraram os momentos de maior tensão, com Seguro a entregar a Ventura um pacto para a saúde, que o líder do Chega imediatamente ligou à questão dos imigrantes.
Vários analistas consideraram que a estratégia de Seguro de não ceder às provocações e manter a calma o beneficiou.
O debate entre Luís Marques Mendes e António Filipe decorreu num tom mais cordial e respeitoso, mas não menos revelador das suas profundas divergências.
Os candidatos discordaram em praticamente todos os temas, desde a lei laboral e a privatização da TAP até às comemorações do 25 de Novembro e a guerra na Ucrânia. Marques Mendes acusou Filipe de ser um "candidato de fação", com falta de "sentido de Estado", especialmente na sua posição sobre o 25 de Novembro, que o candidato comunista vê como uma tentativa de "reescrever a História" e "menorizar o 25 de Abril".
Em resposta, António Filipe colou Marques Mendes ao Governo, chamando-lhe o "candidato do governo", e criticou a sua concordância com o "consenso neoliberal".














