Esta decisão representa um passo importante na consolidação do apoio do centro-direita em torno do antigo líder social-democrata. Apesar da declaração oficial, a decisão expôs as divisões que persistem no seio do partido.
A Juventude Popular (JP), a estrutura jovem do CDS, decidiu não manifestar apoio a nenhum candidato, optando por uma posição de neutralidade e concedendo liberdade de voto aos seus militantes. Esta posição reflete uma falta de consenso interno e a existência de sensibilidades distintas em relação aos candidatos da mesma área política.
A divisão é ainda mais acentuada por figuras proeminentes do partido, como o presidente do Congresso do CDS, que manifestou o seu apoio pessoal a Henrique Gouveia e Melo, o principal adversário de Marques Mendes no campo do centro-direita. A escolha por Mendes é justificada pelo partido com base no seu "percurso político e experiência", considerando que é o candidato que "melhor representa o espaço político em que o CDS-PP se integra". No entanto, a falta de unanimidade e o apoio de figuras relevantes a outros candidatos demonstram que a candidatura de Mendes não é consensual em todo o espectro democrata-cristão, que, segundo algumas fontes, suspirava por uma candidatura de Paulo Portas.
O apoio, embora institucionalmente relevante, não garante a unidade do voto centrista e sublinha a fragmentação no campo da direita não radical.














