A iniciativa socialista, que adia a promulgação da lei, gerou reações fortes e díspares entre os candidatos a Belém.
André Ventura foi o crítico mais veemente, classificando a ação do PS como uma "traição ao povo português" e um ato de um "inimigo do povo".
O candidato do Chega acusou os socialistas de quererem travar a lei "na secretaria" e instou o Tribunal Constitucional a decidir com celeridade, para que o país não se torne "pior do que já está".
A sua posição reflete a centralidade da imigração e da segurança na sua campanha.
Os restantes candidatos adotaram posturas mais moderadas.
António José Seguro defendeu que leis desta natureza devem ser alvo de consenso e não ter "marcas ideológicas".
Henrique Gouveia e Melo, por sua vez, considerou que o PS atuou "dentro do quadro constitucional", mas sublinhou a necessidade de a lei entrar em vigor rapidamente, dado que as fronteiras portuguesas passaram por um período "um bocado descontrolado". João Cotrim de Figueiredo afirmou que, se fosse Presidente, promulgaria a lei, embora reconhecesse a legitimidade do pedido do PS. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, informou que aguardará a decisão do Tribunal Constitucional antes de se pronunciar, uma vez que, caso os juízes declarem a inconstitucionalidade, será obrigado a vetar o diploma. A controvérsia em torno da lei evidencia a polarização do debate sobre imigração e segurança, temas que os candidatos estão a usar para se diferenciarem.














