O confronto, descrito como "morno" por alguns analistas, centrou-se na questão da independência presidencial.

Gouveia e Melo questionou a capacidade de Cotrim de Figueiredo ser independente devido ao seu passado partidário, enquanto o ex-líder da Iniciativa Liberal contra-atacou, acusando Gouveia e Melo de ter na sua estrutura elementos ligados à "máquina de propaganda de José Sócrates" e aludindo a um alegado apoio da maçonaria à sua candidatura. A performance de Gouveia e Melo foi amplamente criticada por ter recorrido excessivamente a notas e por dar respostas vagas, o que, segundo analistas, o fez "submergir" e mostrar que "não está minimamente preparado para debater".

Em contraste, Cotrim de Figueiredo mostrou-se mais articulado e experiente. Os dois candidatos divergiram em temas como a privatização da TAP e a reforma laboral, sobre a qual Gouveia e Melo se mostrou indeciso quanto a uma eventual promulgação, enquanto Cotrim afirmou que a promulgaria.

O único ponto de consenso foi a necessidade de a Procuradoria-Geral da República prestar explicações sobre as escutas a António Costa, que ambos consideraram um caso "grave".