O tom do debate foi descrito como “duro”, “quente” e “aceso”, refletindo a rivalidade crescente entre os dois candidatos mais bem posicionados nas sondagens à direita.

Marques Mendes, apoiado pelo PSD, acusou Ventura de ser o “xerife da República” e o “agitador-mor do reino”, criticando o que considera ser um discurso sem “sentido de Estado”. Em resposta, o líder do Chega classificou Mendes como uma “marioneta do Governo” e de Luís Montenegro, acusando-o de pertencer às “elites” e de ter uma postura branda em relação ao sistema. No campo das propostas, Marques Mendes anunciou a intenção de convocar um Conselho de Estado dedicado exclusivamente à reforma da justiça.

Por outro lado, Ventura manteve a sua linha de discurso mais radical, prometendo “acabar com os corruptos” e criticando a ineficácia das instituições.

Analistas e comentadores consideraram o debate “muito vivo”, com avaliações divididas sobre um vencedor claro, embora alguns apontem uma ligeira vantagem para Marques Mendes na argumentação e na apresentação de propostas concretas.

O candidato social-democrata foi elogiado pela sua “técnica de mestre” para conter as interrupções de Ventura, ao afirmar que “interromper é uma fraqueza”.

O confronto serviu para solidificar a justiça como um tema dominante na campanha e para expor as diferentes abordagens e estilos dos dois principais candidatos da direita.