Este apoio formaliza a convergência dos parceiros da Aliança Democrática (AD) em torno do candidato, reforçando a sua posição no espectro da direita tradicional. No comunicado que anuncia a decisão, o CDS-PP justifica a escolha com base no “percurso político e à experiência do candidato”, destacando o seu “conhecimento das competências exigidas no exercício da função” presidencial e a sua “capacidade de diálogo e de garantia de estabilidade”. O partido considera que a candidatura de Marques Mendes é a que “melhor representa o espaço político” em que se insere. Em reação, Luís Marques Mendes agradeceu o apoio, mas fez questão de reforçar o seu posicionamento como um candidato “independente e suprapartidário”, procurando alargar a sua base de apelo para além das fronteiras da coligação de direita.

Apesar do apoio institucional da direção do partido, os artigos mencionam que o CDS continua dividido, com figuras proeminentes a manifestarem outras preferências. A Juventude Popular, por exemplo, decidiu não apoiar oficialmente nenhum candidato, e o presidente do Congresso do partido manifestou o seu apoio a Henrique Gouveia e Melo.

Este apoio formal do CDS-PP é, no entanto, um passo importante para a consolidação da candidatura de Marques Mendes, que procura unir o eleitorado de centro-direita perante a concorrência de André Ventura e João Cotrim de Figueiredo.