Os principais candidatos presidenciais reagiram com preocupação, exigindo explicações e defendendo a necessidade de reformas no sistema judicial.
Henrique Gouveia e Melo considerou que se passou “o limite do razoável nas escutas”, questionando a prática de manter arguidos sob escuta por longos períodos e defendendo que a justiça deve assentar em “transparência, confiança e equidade”. Luís Marques Mendes, por sua vez, sublinhou que “a lei é igual para todos” e que, com base no comunicado da PGR, não viu falhas do Ministério Público, mas ressalvou que um primeiro-ministro não pode ser escutado sem autorização do Supremo. António José Seguro criticou a lentidão da justiça, afirmando que “uma justiça que é lenta muitas das vezes não faz justiça nenhuma” e pediu que os factos que levaram à demissão de António Costa sejam apurados. André Ventura adotou uma postura mais radical, comparando o caso de José Sócrates com os de Sarkozy e Bolsonaro, e declarando que “se o Estado de Direito é tudo à solta, que se lixe o Estado de Direito”. A polémica em torno das escutas e a perceção de uma crise institucional levaram os candidatos a posicionarem-se sobre o funcionamento do sistema judicial, com propostas que vão desde pactos de regime a uma maior fiscalização do poder judicial.












