A data, que historicamente divide a esquerda e a direita, foi aproveitada para reforçar narrativas políticas e acentuar as diferenças entre as candidaturas.
Luís Marques Mendes defendeu a celebração da data, mas sublinhou que o 25 de Abril é “uma data única” e fundadora do regime, criticando André Ventura por, na sua opinião, comemorar o 25 de Novembro “porque não gosta do 25 de Abril”. Henrique Gouveia e Melo também se pronunciou, considerando a discussão sobre a primazia de uma data sobre a outra “inútil” e defendendo que ambas são indissociáveis.
Numa entrevista, criticou a postura do PS, afirmando que “dizer que tem vergonha da comemoração do 25 de Novembro é praticamente dizer que tem vergonha de Mário Soares”. Catarina Martins, por outro lado, alertou para o risco de se “falsificar a história”, defendendo que foi o 25 de Abril que “mudou tudo” e que a democracia nasceu nesse dia. António José Seguro, embora considerando a data importante, afirmou que compará-la ao 25 de Abril “é um disparate”.
A participação ou não dos candidatos nas cerimónias oficiais, como a parada militar, também foi motivo de debate, com André Ventura e Marques Mendes a confirmarem presença, enquanto outros candidatos de esquerda se mostraram mais reticentes, refletindo a polarização em torno do significado histórico e político do evento.












