A discussão centrou-se em visões antagónicas sobre o papel do Estado, a economia, a lei laboral e as alianças internacionais de Portugal. Gouveia e Melo posicionou-se como um candidato suprapartidário, defensor de uma "economia livre", e atacou a sua adversária, descrevendo-a como uma representante de uma "declinação sofisticada do marxismo". Criticou o peso do Estado na economia, que segundo ele retira "cerca de 41 a 42% do PIB nacional". Em resposta, Catarina Martins defendeu um Estado social forte, criticou o investimento nos privados na saúde e contrapôs, questionando as alianças de Gouveia e Melo, ao recordar o seu almoço com André Ventura e o empresário Mário Ferreira, que classificou como um "magnata".
A candidata apoiada pelo Bloco de Esquerda procurou associar o almirante à direita e à extrema-direita, enquanto este tentava demarcar-se de qualquer campo político definido.
Apesar das divergências, os dois candidatos mostraram uma rara convergência ao admitirem que só usariam o poder presidencial de demitir o Governo numa "situação limite" ou "muito grave", privilegiando a estabilidade governativa.
O debate serviu para clarificar os posicionamentos distintos de ambos, apelando a eleitorados com visões de sociedade radicalmente opostas.













