A controvérsia foi imediatamente aproveitada pelos candidatos presidenciais.
Catarina Martins classificou o caso como "gravíssimo", sublinhando que "nem o Ministério Público nem a Justiça" podem estar acima da lei.
António José Seguro, por seu lado, embora reconhecendo o esclarecimento da PGR sobre as "razões técnicas diversas", defendeu que a justiça tem de ser mais rápida e eficiente, criticando a demora no apuramento dos factos que levaram à demissão de um governo. Luís Montenegro, enquanto primeiro-ministro, também reagiu, declarando que é preciso garantir que as escutas "são feitas dentro da legalidade", especialmente quando envolvem o chefe do Governo. O episódio alimentou a narrativa de politização da justiça e de falhas no sistema, um tema que tem sido recorrente nos discursos de vários candidatos, que prometem, caso eleitos, uma atenção especial à reforma do setor e à garantia da separação de poderes.













