Esta declaração marcou vários debates e gerou reações dos seus adversários.
Jorge Pinto descreveu esta sua posição como uma forma de “dissuasão nuclear”, um mecanismo para garantir a “pedagogia da estabilidade” e forçar o diálogo entre os blocos políticos.
“Se houver uma tentação de revisão constitucional, eu dissolvo a Assembleia”, afirmou, argumentando que um Presidente da República deve ser um “contrapeso democrático”, especialmente num cenário em que o mesmo partido (PSD) lidera o Governo, a Assembleia da República e potencialmente a Presidência.
Esta posição foi fortemente criticada por António José Seguro no debate entre ambos, que a considerou “irresponsável”.
No entanto, Jorge Pinto conseguiu que outros candidatos se pronunciassem sobre o tema. No debate com Henrique Gouveia e Melo, levou o almirante a admitir que também consideraria a dissolução se houvesse uma “quebra gravíssima do contrato feito nas eleições”, incluindo uma revisão constitucional “à revelia” que “não seria desejável”.
A posição de Pinto representa uma interpretação musculada dos poderes presidenciais, contrastando com a visão mais moderadora defendida por candidatos como Marques Mendes.
A sua insistência no tema visa posicioná-lo como o garante da Constituição de 1976 contra o que considera ser uma ameaça da direita radical.













