Os candidatos da esquerda manifestaram uma oposição clara ao pacote de medidas, enquanto outros adotaram posições mais moderadas, refletindo as divisões ideológicas sobre o futuro do trabalho em Portugal. Os candidatos da área da esquerda foram unânimes na crítica.
Catarina Martins (BE) acusou o Governo de insistir numa lei que “retira mais direitos” num país “onde se já trabalha tantas horas por tão pouco salário”.
No debate com António José Seguro, Jorge Pinto (Livre) reiterou que a proposta não responde às “prioridades do país”, uma posição partilhada por Seguro, que se mostrou “inclinado” a não aceitar o diploma caso seja eleito.
António Filipe (PCP) considerou que seria “penoso ter de promulgar o pacote laboral”. Henrique Gouveia e Melo, embora não se opondo de forma tão taxativa, defendeu no seu debate com Jorge Pinto que existem pontos na proposta que “atacam o núcleo duro de direitos que foram conquistados”. A centralidade do tema foi reforçada pela convocatória de uma greve geral pela CGTP e UGT para 11 de dezembro, um evento que serve de pano de fundo para as discussões políticas.
A forma como cada candidato se posiciona perante a reforma e o direito à greve serve para demarcar o seu perfil político, seja como defensor dos direitos dos trabalhadores, seja como promotor da flexibilidade económica.













