A polémica iniciou-se quando José Sócrates anunciou o seu apoio a Gouveia e Melo.

O candidato reagiu prontamente, demarcando-se de forma clara do ex-primeiro-ministro.

Em entrevista, o almirante garantiu que “há um universo que o separa” de Sócrates e que não pediu nem tem qualquer relação com ele.

No entanto, a controvérsia adensou-se quando foi noticiado que Afonso Camões, antigo presidente da Lusa e ex-diretor do JN, nomeado mandatário distrital da campanha, mantinha ligações ao círculo próximo de Sócrates.

Perante a polémica, Camões renunciou ao cargo “com efeitos imediatos”, afirmando numa carta que o fazia para não “embaraçar o caminho” do candidato e para não ser usado como arma de arremesso. Gouveia e Melo classificou a tentativa de o ligar a Sócrates como algo que “não pareceu inocente”. O episódio foi explorado pelos adversários políticos, nomeadamente por André Ventura, que declarou: “Aparentemente, esta gente do José Sócrates está a juntar-se toda à volta do almirante Gouveia e Melo”.

Este desenvolvimento forçou o candidato a reforçar a sua mensagem de independência e a gerir uma crise que ameaçava minar a sua imagem de figura anti-sistema e não-partidária.