A proposta governamental, que inclui mais de 100 medidas, foi recebida com forte oposição dos sindicatos, que convocaram uma greve geral para 11 de dezembro.
Esta contestação encontrou eco nos candidatos da esquerda.
Catarina Martins criticou o Governo por insistir numa lei que vai “retirar mais direitos” num país onde já se trabalha “tantas horas por tão pouco salário”.
António Filipe, na mesma linha, vê na proposta um ataque aos direitos laborais. António José Seguro, embora mais moderado, admitiu ter uma “clara inclinação” para não aceitar o diploma na sua forma atual.
No outro extremo, João Cotrim de Figueiredo defendeu a necessidade de maior flexibilidade nas leis laborais.
Já os candidatos ao centro e à direita mostraram-se mais cautelosos.
Luís Marques Mendes sugeriu que o polémico pacote laboral “não será nada, nada, nada parecido com o documento final”, indicando esperar alterações significativas na concertação social.
Henrique Gouveia e Melo, por seu lado, evitou uma posição definitiva, afirmando que só se pronunciará sobre o texto final, uma postura que lhe valeu críticas de António Filipe por se limitar a “generalidades”. A adesão à greve geral por parte de vários setores, como os pilotos da aviação civil, que marcaram uma assembleia para decidir a sua participação, demonstra a amplitude do descontentamento e a relevância do tema.














