As posições dos candidatos refletem os seus diferentes espectros ideológicos e servem como um ponto de demarcação claro nas suas campanhas, influenciando o debate político a poucos dias da paralisação. Os candidatos da esquerda, como Catarina Martins (BE), António Filipe (PCP) e Jorge Pinto (Livre), manifestaram um forte apoio à greve e uma oposição veemente à reforma proposta.

Catarina Martins criticou o Governo por insistir numa lei que vai "retirar mais direitos" num país "onde se já trabalha tantas horas por tão pouco salário".

António Filipe anunciou que não fará campanha no dia da greve, marcando presença junto a um piquete.

No centro e à direita, as posições são mais matizadas.

Luís Marques Mendes defendeu a necessidade de cedências por parte do Governo, sindicatos e patrões para se alcançar um acordo.

João Cotrim de Figueiredo expressou dificuldade em classificar a greve como puramente política, distinguindo as motivações da CGTP das da UGT, que na sua opinião não parecem ser políticas.

André Ventura (Chega) também criticou o Governo por "desrespeitar os trabalhadores", afirmando que a greve "podia ter sido evitada", embora defendendo a necessidade de leis "modernas".

Esta diversidade de opiniões mostra como o tema se tornou um campo de batalha crucial para os candidatos se diferenciarem e apelarem às suas bases eleitorais.