As reações variaram entre o apoio inequívoco, a crítica ao Governo e apelos à moderação.

Os candidatos da esquerda, como Catarina Martins e António Filipe, manifestaram total solidariedade com os trabalhadores e a paralisação, considerando a proposta do Governo um "ataque a todas as gerações" e uma "declaração de guerra". O candidato do PCP, António Filipe, afirmou mesmo que não fará campanha no dia da greve, optando por estar junto a um piquete. No campo oposto, João Cotrim de Figueiredo, embora admitindo dificuldade em qualificar a greve como puramente política, especialmente por parte da UGT, defendeu que o Governo não deve "ceder às primeiras pressões".

André Ventura criticou o Governo por ter sido "casmurro e teimoso", afirmando que a greve "podia ter sido evitada", mas reconhecendo que "há razões para um descontentamento geral".

Numa posição mais centrista, Luís Marques Mendes defendeu a necessidade de cedências de todas as partes – Governo, sindicatos e patrões – para se alcançar um consenso.

Por sua vez, Henrique Gouveia e Melo anunciou que não irá suspender a sua agenda de campanha por causa da greve.

O posicionamento de cada candidato face a este evento de grande impacto nacional serve como um marcador ideológico claro, permitindo aos eleitores avaliar as suas prioridades e o seu estilo de intervenção em momentos de conflito social.