O número recorde de candidatos com apoio partidário e a volatilidade das sondagens criam um cenário de grande incerteza quanto ao resultado final.
Vários artigos sublinham este caráter inédito da corrida a Belém.
Com um recorde de sete candidatos a receberem apoio formal de partidos com assento parlamentar, e mais de 40 pré-candidatos no total, a fragmentação do voto é uma forte possibilidade.
Esta dispersão torna a passagem à segunda volta um objetivo mais difícil e disputado.
Politólogos ouvidos pela Lusa alertam que o próximo Presidente terá de ser capaz de "unir a comunidade" e ir além dos seus apoios iniciais para se tornar a "figura mais prestigiada das instituições". A imprevisibilidade é acentuada pelo facto de um candidato como Henrique Gouveia e Melo, um independente sem experiência política, ter estado entre os favoritos nas sondagens iniciais, e pela recente ascensão de André Ventura à liderança, segundo um novo estudo de opinião.
Esta dinâmica contrasta com eleições anteriores, onde frequentemente existiam um ou dois favoritos claros desde o início.
A campanha atual, com múltiplos debates e uma cobertura mediática intensa, parece estar a influenciar as intenções de voto de forma mais direta, tornando o resultado de 18 de janeiro uma incógnita e a realização de uma segunda volta um cenário cada vez mais provável.













