A polémica rapidamente se tornou um tema central para os candidatos presidenciais, que se posicionaram sobre a conduta do governante e a responsabilidade do Governo. A controvérsia iniciou-se quando Fernando Alexandre afirmou que as residências se degradam por concentrarem apenas alunos carenciados, em vez de terem uma mistura de estratos sociais.

A reação da oposição foi imediata e veemente.

O Partido Socialista exigiu a retificação das declarações ou a demissão do ministro, considerando-as "graves", "preconceituosas e discriminatórias".

O PCP classificou as palavras como "absolutamente execráveis" e o Bloco de Esquerda condenou o discurso "estigmatizante".

No campo dos candidatos presidenciais, as reações foram diversas.

João Cotrim Figueiredo, embora considerando a declaração "manifestamente infeliz", afirmou sentir-se esclarecido após as justificações do ministro, afastando a necessidade de demissão.

André Ventura também descreveu as declarações como "infelizes", criticando o Governo por atacar os estudantes em vez de os valorizar.

O Ministério da Educação emitiu um comunicado refutando as acusações, afirmando ser "totalmente falso" que o ministro tenha responsabilizado os alunos de baixos rendimentos pela degradação dos equipamentos. Fernando Alexandre defendeu-se, alegando que as suas palavras foram descontextualizadas e que a sua intenção era promover a diversidade social nas residências para o bem-estar de todos os estudantes. No entanto, a polémica persistiu, servindo de arma de arremesso político e obrigando os candidatos a Belém a definirem as suas posições sobre sensibilidade social e a atuação do executivo.