O debate televisivo entre António José Seguro e João Cotrim Figueiredo foi pautado por um confronto aceso de ideias e acusações mútuas, com os candidatos a divergirem em temas como a Lei da Nacionalidade, o Serviço Nacional de Saúde e a revisão laboral. O tom crispado evidenciou a disputa pelo eleitorado de centro e a tentativa de cada um de expor as fraquezas do adversário. João Cotrim Figueiredo acusou repetidamente António José Seguro de ser "vago" nas suas propostas e de "não querer mudar nada", procurando colar ao candidato socialista uma imagem de imobilismo.
Por seu lado, Seguro contra-atacou apontando alegadas contradições a Cotrim, especialmente no que diz respeito à Lei da Nacionalidade.
O antigo líder do PS declarou-se "estupefacto" com a posição do candidato liberal, que, segundo ele, teria afirmado que promulgaria a lei, mas que durante o debate defendeu o chumbo de algumas das suas normas pelo Tribunal Constitucional. Este momento de confronto sobre a Lei da Nacionalidade foi um dos pontos altos do debate, com Seguro a tentar encostar o adversário às cordas. Outros temas como o papel do Estado, a saúde e a economia também geraram discordância, com Cotrim a defender uma abordagem liberal e Seguro a posicionar-se como garante de um Estado social forte.
A dinâmica do debate foi marcada por interrupções e perguntas diretas entre os candidatos, que tentaram controlar a narrativa e demonstrar maior preparação e coerência.
Em resumoO frente a frente entre António José Seguro e João Cotrim Figueiredo revelou-se um debate tenso, onde Cotrim criticou a alegada falta de propostas concretas de Seguro, enquanto este explorou as aparentes contradições do liberal, especialmente em relação à Lei da Nacionalidade, num claro esforço para se diferenciarem perante o eleitorado.