André Ventura classificou a decisão como "uma derrota para Portugal", enquanto Gouveia e Melo sublinhou a importância de respeitar a Constituição, admitindo, no entanto, a possibilidade de uma revisão constitucional feita apenas pelos partidos de direita. Esta abertura de Gouveia e Melo a uma revisão constitucional foi um dos momentos mais significativos do debate, mostrando uma aproximação a uma das bandeiras da direita.

Ventura explorou repetidamente a ideia de que Gouveia e Melo seria o "candidato do PS", tentando conotá-lo com o sistema que critica.

O almirante, por sua vez, procurou demarcar-se, afirmando querer "unir Portugal" e posicionar-se ao centro, embora tenha sido confrontado com o seu apoio a Mário Soares.

Gouveia e Melo defendeu-se, afirmando que Soares "fez coisas boas, mas também fez coisas muito más".

A discussão sobre imigração também expôs as suas diferenças, com Ventura a reiterar a sua linha dura e Gouveia e Melo a defender uma abordagem mais moderada, embora dentro da legalidade.

Apesar da tensão, o debate foi considerado mais civilizado do que outros, com ambos os candidatos a tentarem projetar uma imagem presidencial.