A medida visa garantir a neutralidade do debate parlamentar e evitar a sua instrumentalização durante um período eleitoral decisivo.

A proposta, abordada na conferência de líderes, segue a prática já adotada para a primeira volta das eleições, durante a qual a atividade parlamentar em plenário é interrompida na semana anterior ao ato eleitoral, limitando-se a reuniões das comissões parlamentares.

O deputado social-democrata Francisco Figueira, porta-voz da conferência de líderes, indicou que a intenção é aplicar a mesma regra para a segunda volta, que, a ocorrer, teria lugar no início de fevereiro.

Esta potencial suspensão, entre os dias 2 e 6 de fevereiro, reflete a preocupação dos partidos em não interferir na campanha eleitoral, num momento em que apenas dois candidatos estariam na corrida.

A decisão final ainda não foi tomada, mas a ponderação da medida demonstra o reconhecimento da importância de separar a atividade legislativa da contenda eleitoral, especialmente numa fase tão crítica como uma segunda volta.

A medida procura assegurar um ambiente de maior equidade entre os candidatos e focar a atenção do público exclusivamente na eleição presidencial, sem a sobreposição de debates parlamentares que poderiam ser explorados politicamente.