O tom do debate foi marcadamente confrontacional e pessoal, com os candidatos a tratarem-se frequentemente por "tu", evidenciando a animosidade na disputa pelo eleitorado de direita.
Um dos pontos altos foi a revelação, confirmada por um áudio divulgado pela revista Sábado, de que André Ventura admitiu ter votado em José Sócrates no passado, algo que o líder do Chega tinha classificado como "falso". Em resposta, Ventura atacou Cotrim de Figueiredo, apelidando-o de "candidato do Príncipe Real" para o rotular de elitista e criticando a sua passagem para o Parlamento Europeu como uma "reforma dourada". Cotrim de Figueiredo não se coibiu de contra-atacar, confrontando Ventura com casos de pedofilia no seio do Chega, afirmando: "Eu tenho uma hipocrisia muito pior para atirar à cara de André Ventura".
Ambos os candidatos encontraram um ponto de convergência ao pressionarem Luís Marques Mendes para revelar os seus clientes e rendimentos, um tema central na campanha.
A discussão sobre a Lei da Nacionalidade também foi acesa, com Cotrim a alertar que uma "birra" com o Tribunal Constitucional poderia atrasar a entrada em vigor do diploma, enquanto Ventura se mostrou irredutível na sua posição de expulsar estrangeiros que cometam crimes.
Analistas consideraram o debate "sujo" e "informal", com Cotrim de Figueiredo a ser apontado como vencedor por ter sido mais assertivo nos ataques.














