O confronto, embora tenso, revelou um Ventura com uma postura mais moderada e um almirante cada vez mais confortável no formato de debate.
A decisão do TC foi o principal ponto de discórdia.
André Ventura classificou o chumbo como "uma derrota" e "um disparate absoluto", acusando o tribunal de politizar a questão.
Em contraste, Henrique Gouveia e Melo defendeu o respeito pela Constituição, afirmando que a "urgência" da lei "não pode comprometer a legalidade".
No entanto, o almirante admitiu a possibilidade de uma revisão constitucional levada a cabo pelos partidos de direita, desde que não se altere a base da lei fundamental, nomeadamente o artigo 288.º.
Durante o debate, Ventura tentou persistentemente colar Gouveia e Melo ao PS, recordando o seu apoio a Mário Soares.
O almirante distanciou-se, afirmando que Soares "fez coisas boas, mas também fez coisas muito más", e negou tê-lo como modelo.
Gouveia e Melo também abordou o famoso almoço que teve com Ventura, sugerindo que a decisão do líder do Chega de se candidatar surgiu uma semana depois desse encontro. O debate, considerado um dos mais aguardados, não atingiu o nível de confronto esperado, com Ventura a adotar uma postura mais "civilizada" e Gouveia e Melo a demonstrar uma melhor preparação, conseguindo expor as suas posições de forma mais clara e demarcar-se das acusações do seu adversário.














