O candidato apoiado pelo PS questionou o liberal sobre se se demitiria caso um governo socialista fosse eleito durante o seu mandato.

Por sua vez, Cotrim de Figueiredo atacou Seguro pela sua proposta para a saúde, que considerou vaga, e acusou-o de não ser uma figura agregadora.

"Não quer mudar nada", afirmou o liberal.

Um dos momentos de maior tensão ocorreu durante a discussão da Lei da Nacionalidade.

Seguro mostrou-se "estupefacto" com a posição de Cotrim, que afirmou que teria promulgado a lei, apesar de o PS ter solicitado a fiscalização preventiva que levou ao chumbo de várias normas pelo Tribunal Constitucional.

O debate foi pautado por inúmeras perguntas diretas entre os candidatos, por vezes sobrepondo-se ao papel do moderador.

A discussão abordou ainda a revisão da lei laboral, com posições divergentes, e o papel da União Europeia, um dos poucos temas em que demonstraram alguma concordância. Analistas notaram a estratégia de Cotrim em questionar repetidamente Seguro, embora o socialista tenha conseguido criar dificuldades ao seu adversário, nomeadamente na questão da promulgação da Lei da Nacionalidade.