A polémica foi alimentada por uma denúncia anónima e pela pressão de outros candidatos, levando Mendes a prometer a divulgação dos seus clientes. A controvérsia teve início com uma denúncia anónima enviada à Procuradoria-Geral da República (PGR), que alegava que o ex-líder do PSD teria recebido cerca de 360 mil euros de uma construtora sem contrato.
A PGR confirmou a receção da denúncia, mas não abriu um inquérito por não vislumbrar "facto concreto suscetível de crime", remetendo o assunto para a Autoridade Tributária.
A questão ganhou maior dimensão com notícias que davam conta de rendimentos de mais de 700 mil euros em dois anos. A pressão sobre o candidato intensificou-se, com adversários como João Cotrim de Figueiredo, Henrique Gouveia e Melo e André Ventura a exigirem total transparência. Gouveia e Melo afirmou que os esclarecimentos são "do maior interesse dos portugueses", enquanto Cotrim e Ventura usaram o tema como arma de arremesso nos debates.
Em resposta, Marques Mendes considerou que a polémica "baixa um bocadinho o nível da campanha" e, após invocar o sigilo profissional, mostrou-se disponível para revelar a lista de clientes da sua empresa familiar, desde que estes o autorizassem.
A sua comissão de candidatura, através de Miguel Poiares Maduro, desafiou os adversários a terem "a mesma transparência", criticando as "insinuações não concretizadas".
O autarca Isaltino Morais comentou que a eventual lista de clientes "é apenas a ponta do iceberg", sublinhando que o importante é saber o que Mendes "esteve a fazer" para esses clientes.














