Esta iniciativa foi acompanhada por um reforço do apoio do PS à sua candidatura.

A decisão de Seguro foi comunicada como uma prova de "total transparência", afirmando que publicaria a lista no seu site de campanha e que "nunca no exercício de consultoria, de gestão e de operacionalização de negócios" teve "qualquer contacto" com a administração central ou membros do governo. Esta manobra estratégica permitiu-lhe capitalizar a controvérsia que afeta um dos seus principais adversários, ao mesmo tempo que reforça a sua imagem de candidato "sem amarras", como tem sido promovido na sua campanha.

O movimento foi complementado por um forte apoio de figuras proeminentes do Partido Socialista. O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, apelou à mobilização do partido em torno de Seguro, alertando que a "pulverização dos votos à esquerda apenas beneficia a direita e a extrema-direita" e que o ex-líder socialista é "o único que tem condições para passar à segunda volta". O histórico socialista Manuel Alegre juntou-se ao coro de apoios, pedindo à esquerda para votar em Seguro, o único candidato que, na sua opinião, "pode assegurar a vitória da esquerda". Este apoio concertado visa consolidar a base eleitoral socialista e atrair o voto útil dos eleitores de esquerda, face a um cenário de múltiplas candidaturas nesse espectro político.