A decisão expôs as diferentes visões sobre imigração, segurança e o papel das instituições.

O chumbo, que incidiu sobre quatro normas do decreto, incluindo a que previa a perda de nacionalidade como pena acessória, foi recebido de formas diametralmente opostas.

André Ventura, cujo partido apoiou a lei, considerou a decisão "um disparate absoluto e um erro daqueles que vamos pagar caro", acusando o TC de fazer oposição à Assembleia da República.

Do lado oposto, Catarina Martins saudou a decisão e expressou o desejo de que a lei, "tal como está", nunca seja promulgada por "ofender" Portugal.

Henrique Gouveia e Melo, embora defendendo o respeito pela decisão do TC, admitiu a possibilidade de uma futura revisão constitucional pela direita para viabilizar medidas semelhantes.

Luís Marques Mendes e João Cotrim de Figueiredo adotaram uma postura de normalidade institucional, com Mendes a afirmar que o TC "não pôs em causa o essencial da lei" e Cotrim a defender que teria promulgado o diploma.

O tema foi particularmente aceso no debate entre Cotrim e António José Seguro, com este último a mostrar-se "estupefacto" com a posição do liberal.

O PS, que havia solicitado a fiscalização preventiva, considerou o chumbo uma "vitória da Constituição" e mostrou-se disponível para negociar uma nova lei "sem radicalismos".