Em simultâneo, o almirante desvalorizou as recentes sondagens que indicam uma queda na sua popularidade, questionando o seu profissionalismo.
Numa intervenção de campanha, o antigo Chefe do Estado-Maior da Armada recorreu à metáfora do "pântano", celebrizada por António Guterres, para descrever o atual estado da política nacional, falando em "águas estagnadas que estão a apodrecer" a democracia.
Gouveia e Melo afirmou que, ao decidir "participar" na vida democrática, foi "atacado por todos no sistema", reforçando a sua imagem de candidato antissistema que procura regenerar as instituições. Esta retórica surge num momento em que as sondagens mostram uma erosão significativa da sua base de apoio.
Confrontado com estes dados, o candidato optou por os desvalorizar, afirmando que "não são feitas com o profissionalismo necessário".
Esta crítica às sondagens pode ser interpretada como uma estratégia para gerir as expectativas e manter a moral dos seus apoiantes.
Além disso, o almirante tem-se posicionado em temas fraturantes, como a polémica em torno de Luís Marques Mendes, defendendo que um político "tem de ser o mais transparente possível", e criticou a reação do primeiro-ministro ao arquivamento do caso Spinumviva, considerando que não se deve dizer que o Ministério Público foi "longe demais". Estas tomadas de posição, aliadas ao seu discurso sobre a "fadiga" do sistema, consolidam a sua narrativa de candidato independente e reformador.














