Os dados, divulgados pelo Eurostat, revelam uma realidade de excesso de horas para uma percentagem significativa de trabalhadores portugueses em 2024. De acordo com o gabinete de estatísticas da UE, 6,6% das pessoas empregadas no bloco comunitário, com idades entre os 20 e os 64 anos, tinham longas jornadas de trabalho, definidas como 49 horas ou mais por semana.
Em Portugal, esta percentagem é consideravelmente superior, aproximando-se dos 10%.
Esta situação coloca o país atrás apenas da Grécia, que lidera a tabela com a maior percentagem de trabalhadores com horários extensos, seguida por Chipre e França. No extremo oposto, a Bulgária apresenta a menor taxa de longas jornadas de trabalho, com apenas 0,4%, seguida pela Letónia (1,0%) e pela Lituânia (1,4%).
Os dados sublinham uma disparidade notória nas condições de trabalho entre os Estados-membros e levantam questões sobre o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal em Portugal, bem como sobre a produtividade associada a horários prolongados. A persistência de Portugal neste ranking sugere desafios estruturais no mercado de trabalho nacional que continuam a afetar a qualidade de vida de uma parte substancial da sua força de trabalho.