As imagens dos ecrãs divididos, mostrando o convívio governamental em Quarteira e as populações a combater as chamas, geraram uma forte indignação pública e acusações de distanciamento e insensibilidade.
Em resposta, Luís Montenegro, após um Conselho de Ministros extraordinário em Viseu, assumiu que pode "ter contribuído para a perceção" de que o Governo não acompanhou de perto a situação, embora considerando essa interpretação uma "injustiça". O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, procurou distanciar o cenário atual do de 2017, afirmando que "não há paralelo com o drama de 2017" em número de mortos e feridos. O Governo aprovou um pacote de 45 medidas de apoio às vítimas, que incluem a reconstrução de habitações, apoios à agricultura e isenções fiscais, além de um plano para a floresta com um horizonte até 2050. No entanto, estas medidas foram recebidas com ceticismo pela oposição, que acusa o executivo de "dois anos de deserção de política florestal" e de apresentar agora uma "amálgama de reconhecimento da deserção". Autarcas das zonas afetadas pediram a declaração do estado de calamidade, uma medida que o Governo, para já, recusou, argumentando que o novo instrumento legislativo aprovado cumpre os mesmos objetivos de forma mais ágil.