Esta ofensiva iminente ocorre num contexto de crescente preocupação com o número de vítimas civis.
Uma investigação conjunta do jornal The Guardian e da revista israelita +972 revelou que, dos 53.000 mortos registados em Gaza até maio, pelo menos 83% eram civis, uma proporção considerada extremamente elevada para uma guerra moderna.
Perante esta situação, o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, reforçou o apelo a um "cessar-fogo imediato".
A comunidade internacional também reagiu: um grupo de 27 países, incluindo Portugal, exigiu a Israel que permita "o acesso imediato" de jornalistas estrangeiros independentes à Faixa de Gaza para que possam reportar sobre a "catástrofe humanitária em curso". Paradoxalmente, enquanto prepara a ofensiva, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu deu ordens para o "início imediato das negociações para a libertação de todos os reféns", afirmando que os objetivos de derrotar o Hamas e libertar os reféns "andam de mãos dadas".
Em resposta à escalada, realizaram-se manifestações na Cisjordânia, juntando israelitas e palestinianos que exigem o fim da guerra.