O PS é o partido com mais autarcas nesta situação (49), o que aumenta a incerteza e a esperança do PSD em conquistar a presidência da Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP).
Muitos autarcas limitados procuram novos concelhos para continuar a sua carreira política, como Carlos Pinto de Sá (CDU), que troca Évora por Montemor-o-Novo. Outro fenómeno em destaque é a transferência de figuras políticas para o Chega, que tem recrutado ex-membros de PSD, PS e até da CDU, como é o caso de Miguel Côrte-Real, candidato pelo partido de André Ventura ao Porto. As grandes cidades como Lisboa, Porto e Sintra são palcos de batalhas renhidas, com a saída de incumbentes como Rui Moreira e Basílio Horta a abrir o jogo.
Em Setúbal, a polémica instalou-se com o apoio do PSD à independente e ex-autarca da CDU, Maria das Dores Meira.
Paralelamente, verifica-se a nomeação de autarcas cessantes para cargos governamentais, como Salvador Malheiro (Ovar) e Silvério Regalado (Vagos), que transitaram para secretários de Estado, uma prática que gera debate sobre a colocação de "reformados" da política local.