A situação humanitária em Gaza continua a agravar-se, levando a ações de emergência por parte de organizações não-governamentais e ativistas internacionais, enquanto a pressão sobre Israel aumenta após ataques a infraestruturas civis e protestos internos. A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) anunciou a suspensão da distribuição de água potável em Jan Yunis, após um tiroteio nas proximidades de um dos seus pontos de abastecimento. A MSF declarou que "ninguém deveria ter de arriscar a vida para obter água", sublinhando os perigos extremos enfrentados pelos trabalhadores humanitários.
Em resposta ao bloqueio israelita, uma nova "Flotilha Humanitária" está a ser organizada para levar ajuda diretamente a Gaza.
A missão contará com a participação de três portugueses: a coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, a atriz Sofia Aparício e o ativista Miguel Duarte.
Mortágua defendeu que o Governo português tem a "obrigação legal e moral de garantir a segurança" da iniciativa, que visa entregar alimentos e medicamentos. A pressão sobre o governo de Benjamin Netanyahu também vem de dentro. Dezenas de milhares de pessoas manifestaram-se na Praça dos Reféns, em Telavive, exigindo o fim da ofensiva militar e a libertação dos reféns ainda detidos pelo Hamas. A nível internacional, a condenação a Israel intensificou-se após um ataque a um hospital em Gaza, que resultou na morte de 20 pessoas, incluindo cinco jornalistas, um ato que a Human Rights Watch considera poder implicar os Estados Unidos em crimes de guerra devido ao seu apoio militar a Israel.
Em resumoFace a uma crise humanitária cada vez mais profunda em Gaza, a sociedade civil internacional mobiliza-se com iniciativas como a Flotilha Humanitária, enquanto organizações como a MSF são forçadas a suspender operações vitais por falta de segurança. Simultaneamente, a pressão interna e externa sobre Israel intensifica-se, exigindo o fim das hostilidades e responsabilidade pelos ataques a civis.