O agressor foi detido esta terça-feira, três dias após a divulgação pública do vídeo.
Antes da detenção, o homem pediu desculpa publicamente através de um jornal local, afirmando: "Vi umas mensagens e fiquei cego, foi isso que aconteceu". A demora na intervenção das autoridades foi criticada por especialistas como César Afonso, antigo inspetor-chefe da PJ, que considerou "estranho que alguém procure a intervenção da justiça e ela só responda passado três dias", especialmente num caso com "mais do que evidências que os factos se tinham consumado".
O caso trouxe à tona o debate sobre a legislação existente.
Embora a violência doméstica seja um crime público em Portugal há 25 anos, advogados apontam que as penas são frequentemente "inferiores a cinco anos e acabam suspensas, sem expressão real na vida do agressor". A situação da criança de nove anos que presenciou o crime também foi destacada, sendo que a lei obriga à abertura de um processo de proteção nestes casos. A vítima encontra-se agora sob proteção policial em casa de familiares.