A decisão de demolir surge cerca de um mês e meio após uma providência cautelar, imposta por um inquérito da Procuradoria-Geral da República, ter suspendido as demolições no bairro.

No entanto, a câmara argumenta que este instrumento legal não abrange as novas construções.

Aos moradores das habitações visadas foi dado um prazo de 48 horas para desocuparem os espaços.

O movimento Vida Justa contesta a versão da autarquia, afirmando que as demolições previstas envolvem casas onde vivem "cerca de 18 a 20 pessoas", incluindo crianças.

A situação no Bairro do Talude tem sido marcada por uma forte tensão, com dezenas de famílias a serem despejadas desde julho.

A autarquia alega razões de segurança e saúde pública para as intervenções, enquanto os moradores e movimentos de apoio denunciam a falta de soluções habitacionais alternativas para as famílias afetadas, muitas das quais permanecem sem um realojamento definitivo.