No entanto, quase 59 mil agregados familiares terão o apoio suspenso devido a incongruências, gerando críticas e acusações de má gestão.

O apoio extraordinário à renda, uma medida destinada a mitigar o impacto do aumento do custo de vida, tem sido alvo de controvérsia devido a sucessivos atrasos e falhas burocráticas. Após uma denúncia da Provedoria de Justiça, que alertou para a “extrema morosidade” e o elevado número de queixas, o Ministério das Infraestruturas e Habitação veio a público garantir que os pagamentos a 129.642 inquilinos serão efetuados no próximo mês, incluindo os valores retroativos desde o início do ano.

Contudo, o mesmo ministério revelou que 58.659 beneficiários terão o seu pagamento suspenso por “incongruências” nos dados.

Estas famílias serão notificadas para regularizar a sua situação junto do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU).

A situação desencadeou uma troca de acusações políticas.

O atual Governo responsabilizou o anterior executivo socialista pelas falhas no sistema.

Em resposta, o movimento Porta a Porta, de defesa do direito à habitação, classificou a justificação do executivo como “desculpas de mau pagador”, argumentando que os problemas persistem desde o início de funções do atual Governo e que a responsabilidade pela resolução é sua. A situação evidencia as dificuldades na implementação de apoios sociais e o impacto direto na vida de milhares de famílias que contavam com este subsídio para fazer face às suas despesas.