A comunidade internacional condenou veementemente a ofensiva, que ocorre num momento de renovados esforços diplomáticos para a paz. A ofensiva, descrita como a segunda maior desde o início da invasão em 2022, envolveu o lançamento de mais de 600 mísseis e drones, que atingiram pelo menos 33 locais na capital ucraniana, resultando em pelo menos 21 mortos e dezenas de feridos.

Entre os edifícios danificados contam-se a delegação da União Europeia e o British Council, o que desencadeou uma onda de indignação internacional. A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, declarou-se "indignada" e prometeu um novo e "severo" pacote de sanções contra Moscovo, enquanto o Presidente do Conselho Europeu, António Costa, se mostrou "horrorizado" com o ataque "deliberado".

O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Rangel, considerou o ato "inqualificável" e uma prova do desinteresse russo em negociações.

O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, advertiu que "não se pode ser ingénuo com Moscovo".

Em resposta, o Kremlin afirmou que apenas visou alvos militares e que mantém o interesse em negociações de paz. No entanto, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, refutou esta posição, afirmando que "a Rússia escolhe continuar a matar em vez de acabar com a guerra" e apelou a uma resposta internacional mais dura.

Analistas militares, como o major-general Jorge Saramago, interpretam a ação como um "ataque político" que demonstra que "a Rússia não está a ter sucesso na ofensiva e o tempo está a esgotar-se".