O combate às chamas é dificultado pelo vento forte, enquanto o debate político sobre a gestão dos fogos e a responsabilização criminal dos incendiários se intensifica.

O incêndio em Vinhais, que deflagrou na aldeia de Palas, alastrou rapidamente a localidades como Ervedosa e Agrochão, mobilizando mais de 300 operacionais e vários meios aéreos.

O presidente do município destacou as dificuldades no combate devido ao vento e aos acessos difíceis.

Em resposta à crise, a Ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, anunciou um aumento de 25% no vencimento diário dos bombeiros que combateram os fogos no período crítico, admitindo que "nem tudo correu bem", mas negando um colapso do sistema.

No plano político, o debate parlamentar sobre os incêndios foi marcado por críticas.

O líder do Chega, André Ventura, afirmou que o primeiro-ministro "não sabe ser líder" e vai avançar com uma comissão de inquérito.

Marques Mendes, candidato presidencial, sugeriu um maior envolvimento das Forças Armadas e a inclusão de peritos estrangeiros na comissão técnica independente.

Um desenvolvimento significativo foi a identificação pela Polícia Judiciária de um menor de 14 anos como suspeito de atear múltiplos incêndios em Fafe desde os 10 anos, agindo por "revolta e frustração" devido ao baixo rendimento escolar.

Este caso levantou questões sobre as causas subjacentes ao incendiarismo e a imputabilidade de menores.

A discussão abrangeu também a gestão financeira, com dados a revelarem que, nos últimos quatro anos, 808 milhões de euros destinados à prevenção e combate a incêndios ficaram por executar.